terça-feira, 29 de junho de 2010

DEUSA FRIGA




Frigga, ou Friga, é a Deusa-Mãe da dinastia de Aesir na mitologia nórdica. Esposa de Odin e mãe (ou madrasta) de Thor, ela é a deusa da fertilidade, do amor e da união. É também a protetora da família, das mães e das donas de casa, símbolo da doçura.

Na Mitologia nórdica, era conhecida como a mais formosa entre as deusas, a primeira esposa de Odin, rainha do Aesir e deusas do céu. Deusa do clã do Ásynjur, é uma deusa da união, do matrimônio, da fertilidade, do amor, da gerência da casa e das artes domésticas. Suas funções preliminares nas histórias mitológicas dos nórdicos são como a esposa e a mãe, mas estas não são somente suas funções. Tem o poder da profecia embora não diga o que conhece, e seja única, à exceção de Odin, a quem é permitido se sentar em seu elevado trono Hlidskjalf e olhar para fora sobre o universo. Participa também na Caça Selvagem (Asgardreid) junto com seu marido. As crianças de Frigga são Balder, Höðr e, a partir de uma fonte inglesa, Wecta; seus enteados são Hermóðr, Heimdall, Tyr, Vidar, Váli, e Skjoldr. Thor é seu irmão ou um enteado. O companheiro de Frigga é Eir, o médico dos deuses da cura. Os assistentes de Frigg são Hlín (a deusa da proteção), Gná (a deusa dos mensageiros), e Fulla (deusa da fertilidade). Não é claro se os companheiros e os assistentes de Frigga são os aspectos simplesmente diferentes da própria Frigga. De acordo com o poema Lokasenna Frigga é a filha de Fjorgyn (versão masculina da “terra,” cf. versão feminina da “mãe terra,” de Thor), sua mãe não é identificada nas histórias que sobreviveram.

Acreditava-se que era detentora de uma enorme sabedoria, conhecendo o destino dos homens, sem, no entanto, alguma vez o revelar.

É representada como uma mulher alta e majestosa vestida de penas de falcão e gavião, trazendo um molho de chaves no cinturão.

O seu nome tem várias representações (Frige, Frija, Fricka etc.) sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Freya.

Atributos


Na Escandinávia, a constelação conhecida como "Constelação de Órion" é denominada "Frigga Distaff" (Fuso de Frigga). Como a constelação está no equador celestial, vários intérpretes sugerem que as estrelas que giram no céu da noite podem ter sido associadas com a roda girando de Frigga. Em diversas passagens ela é representada fiando tecidos ou girando as nuvens.

O nome Frigga pode ser traduzido como "amor" ou "apaixonado" e traz inúmeras variações entre as muitas culturas européias do norte, tanto de local como de tempo. Por exemplo, Frea no Alemão Sulista, Frija ou Friia no Alto Alemão Arcaico, Friggja em Sueco, Frīg (genitivo Frīge) no Inglês Arcaico e Frika que apareceu nas óperas de Wagner. Também é sugerido por alguns autores que o "Frau Holle" da cultura folclórica alemã refere-se a deusa.

O salão de Frigga em Asgard é Fensalir, que significa "salões do pântano". Isto pode significar que as terras alagadiças ou pantanosas eram consideradas especialmente sagradas à deusa, mas tal afirmação não pode ser considerada definitiva. A deusa Saga, que foi descrita bebendo com Odin em copos dourados em seu salão de "assentos submersos" pode ser que represente Frigga com um nome diferente.



Os símbolos normalmente associados com Frigga são:
Chaves
Fuso
Eixo da roca (roda girando)
Visco

A Morte de Balder
"A história mais famosa sobre a Deusa Saga"

"Balder ou Baldur" tinha grande pesadelos indicando que a sua vida corria perigo e quando ele comentou isto com os Aesir eles se reuniram em conselho, e juntos decidiram requerer imunidade de Balder para todo o tipo de perigo, e Frigg recebeu o solene juramento de todas as coisas, de que nada iria atingir Balder.

Quando isso foi confirmado, criou-se um entretenimento colocaram Balder centro de cada reunião e os Aesir, que ali se reuniam atiravam-lhe objetos, pedras e o golpeavam, já que nada acintecia a Balder . Balder, em cada ocasião, saía ileso. Porém quando Loki viu isto, se sentiu atingido. Transformou-se numa mulher, e então dirigiu-se a Fensalir, morada de Frigg. A Deusa, ao ver a esta mulher, perguntou se ela sabia se os Aesir estavam em assembléia. A mulher respondeu que todos atacavam Balder e que este sempre saia ileso. Então Frigg disse: "Armas e madeiras não o matam. Pois todos haviam jurados não o fazer ". Então, perguntou a mulher: "Pegastes juramento de todas as coisas para estas não machucassem Balder?". Frigg contestou: "Exceto um broto que cresce ao oeste de Vahalla. Se chama muérdago, achei-o demasiadamente jovem para exigir que prestasse juramento". Então a mulher desapareceu. Porém Loki procurou o muérdago o arrancou e dirigiu-se a Assembléia. Encontrando lá o Deus Hodur "Hoder ou Hod", o deus cego, que estava parado na borda do círculo de concorrentes.

Loki aproximou-se e perguntou: "Por que não está disparando objetos contra Balder?". Hodur contestou: " Porque não posso ver onde Balder está e além do mais não tenho armas". Contudo disse-lhe Loki: "Se queres seguir os exemplos dos outros eu mostro onde está Balder e arranjo-lhe uma lança". Hodur pegou a lança com muérdago e com a ajuda de Loki colocou-a em direção a Balder.

Esta foi arremessada diretamente para ele e atingiu o seu coração, Balder caiu morto. Os Deuses, profundamente tristes, reuniram-se em torno de Frigg, mãe de Balder.
Frigg falou: "Quem, entre todos os Aesir, irá a Hel para tratar da devolução de Balder, oferecendo-lhe alguma recompensa para que esta o devolva a Asgard?". Hermod o valente, filho de Odin, tomou Sleipnir, o corcel de oito patas de seu pai, e empreendeu esta travessia, muitos Deuses colocaram o corpo de Balder num barco chamado Hringhorni "Ringhorn", o maior barco de todos, para iniciar o funeral do Deus morto.

No funeral estavam Odin, seus corvos Hugin e Munin, as Valkyrias, Frigg, Frey conduzindo seu carro puxado pelo javali Gullinbursti. Heimdall e o corcel Gulltopp, Freya e os gatos.
Também compareceram os Gigantes Gelados e os Gigantes das Montanhas. O barco foi elegantemente decorado com coroas de flores, armas e objetos de cada um dos Deuses.

Depois os Aesir, um a um passaram para dar um último adeus a Balder. Quando chegou a fez de Nanna, mulher de Balder, uma dor muito forte partiu o seu coração e ela caiu morta ao lado de seus esposo. Os Deuses colocaram Nanna junto a Balder, para que ela o acompanhasse até mesmo na morte.

Ato seguido, como símbolo do sonho eterno, rodearam os defuntos Deuses com espinhos. Quando Odin se aproximou para dar o último adeus deixou como oferenda o seu precioso anel Draupnir, sussurrando misteriosas palavras nos ouvidos de Balder.
Então o Gigante Hyrrokin, o único com força suficiente para empurrar o barco, empurrou o barco com um impulso tão forte que os troncos que estavam encostados cederam sobre a pira funerária.

Thor, acertou com o seu martelo Mjolnir para consagrar a pira. Hermod, durante nove dias e noites, cavalgou os vales obscuros e profundos, para chegar onde estava Hel.
Disse então a Hel que desse a Balder a possibilidade de retornar a Asgard junto com ele, dada a grande dor e luto entre os reinantes de Aesir.
Disse-lhe Hel: "Para provar que Balder é um ser amado, todas cada uma das criaturas e objetos, vivos ou mortos, devem proclamar sua dor e pena.
Só assim Balder poderá voltar a Asgard. Porém se uma só criatura ou objeto não o fizer Balder permanecera aqui comigo".

Hermod regressou esperançoso a Asgard, para comunicar a notícia a Frigg. Ao tomar conhecimento a Deusa tratou de obter lágrimas de penas de todas as criaturas e coisas, vivas e mortas porém uma Giganta de nome Thok, que era Loki disfarçado novamente, não correspondeu às suas expectativas e não mostrou pena alguma. A tarefa de devolver Balder a Asgard havia fracassado....

sexta-feira, 25 de junho de 2010

DEUSA FREYA



Freya é a Deusa-Mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica, filha de Njörd (Deus do Mar) e de Skadi (Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas), é irmã do Deus Frey, ela é a Deusa do sexo, da sensualidade, da fertilidade, do amor, da beleza, da atração, da luxúria, da riqueza (as suas lágrimas transformavam-se em ouro), da música e das flores.
Deusa da magia e da adivinhação, é líder das Valquírias (condutoras das almas dos mortos em combate). Deusa extremamente poderosa, ela é também protetora do matrimônio, e dos recém-nascidos

De personalidade forte e caráter arrebatador, teve vários Deuses como amantes, ela é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de cabelos loiros e olhos claros, de baixa estatura, com sardas e pele muito clara, trazendo consigo um colar mágico, que é seu emblema de Deusa da terra.
Uma de suas lendas diz que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava copiosas lágrimas que se transformavam em ouro ao cair na terra e em âmbar ao cair no mar.

Na tradição germânica, Freya e outros dois vanirs (deuses da fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (deuses da guerra) como símbolo da paz e amizade criada depois de uma guerra, ela foi cedida junto com o pai e o irmão ao clã dos Aesir, como parte do acordo firmado entre os dois clãs de deuses após uma guerra.

Como Deusa da Beleza, Freya, era apaixonada por vestidos e jóias preciosas. Um dia, enquanto se encontrava em Svartalfrein, o reino debaixo da terra, viu quatro gnomos fabricando um belo colar.
Quando a Deusa viu o colar pela primeira vez, decidiu que este deveria ser seu, mas os gnomos não queriam vende-lo. No entanto, eles a presenteariam com o colar se ela passasse uma noite com cada um deles. Sem hesitar, Freya concordou e tornou-se proprietária de Brinsingamen (que significa colar).

Brinsingamen era um tesouro valioso de grande beleza, um símbolo de fertilidade, e um atributo que corresponde a Lua Cheia, capaz de equilibrar Jormungand (que significa serpente lobo).
Jormungand, "a serpente de Midgard", era a serpente que mora na Terra em Midgard, o local entre a morada dos deuses e a terra dos mortos.
O colar mágico que Freya usava foi obra dos artesões gnomos conhecidos como Brisings: Allfrigg, Dvalin, Berling e Grerr.

Freya também era a proprietária de um manto de penas de falcão, quando Freya aparecia envolta em seu manto de penas de falcão, e não usando nada a não ser seu colar mágico de ouro e âmbar, ninguém podia resistir a ela.
O manto de penas permitia que ela voa-se entre os mundos, e o colar mágico da Deusa tinha o dom de fazer desaparecer todos os sentimentos negativos e dolorosos.

Este colar se rompeu uma vez, segundo uma lenda, por ira da Deusa ao tomar conhecimento de que um gigante havia roubado o martelo de Thor e pedia sua mão para devolver a arma do Deus do Trovão.

Como Deusa da guerra, Freya compartilhava os mortos de guerra com Odin, metade dos homens e todas as mulheres mortos no campo de batalha iriam para seu salão Sessrumnir.

Freya também foi considerada como uma grande fiandeira na antiguidade. Algumas lendas afirmam que Freya também tinha uma suposta paixão pelo Deus Loki, o deus do fogo.

Freya é considerada a mais bela das Deusas nórdicas. Ela é representada portando um colar de ouro e âmbar encantado, representando seu atributo de Deusa da Terra; vestindo um manto de penas de cisnes e luvas de pele de gato, representando seu atributo de líder das Valquírias; outras vezes é representada usando um manto de penas de falcão. Seu transporte é uma carruagem puxada por gatos ou javalis, na qual costuma viajar pelos céus .



Freya era a Deusa do amor sexual e da magia, enquanto seu irmão Frey era o Deus da alegria, da paz, e da fertilidade. Juntos eram chamados de "O Senhor e A Senhora", representando o casamento sagrado, ritual encenado pela união do rei a uma sacerdotiza.
Por meio deste rito sexual promovia-se a fertilização da terra e transmitia-se o poder ao Rei:
"O Rei era o representante humano do Deus Frey e a Sacerdotiza a representante da Deusa Freya"

Além de ser uma Deusa do amor e da fertilidade, Freya também era uma Deusa da guerra, pois para os vikings, amor, sexo e guerra, assim como a vida e a morte estavam intimamente ligados, pois o poder da Terra, a sua fertilidade, a sua conquista e a sua posse estavam ligadas a energia feminina da Deusa, que era concedida ao Rei que fosse o vencedor nas batalhas através do rito sexual chamado matrimônio sagrado.

Afinal, Freya como Deusa da fertilidade, era a Deusa que presidia os nascimentos, a fertilidade dos homens e mulheres, dos campos e animais. Como Deusa da guerra, também era líder das Valquírias as Amazonas Celestes que recolhiam os mortos nos campos de batalha, e levavam as almas dos mortos nas batalhas para o seu reino.

Freya transportava os mortos eleitos até Folkvangr (campo de batalha ou campo do povo) , onde eram devidamente hospedados. Ali eram bem-vindas também, todas as donzelas e as esposas dos chefes, para que pudessem desfrutar da companhia de seus amantes e esposos depois da morte.

Os encantos e prazeres de sua morada eram tão encantadores e sedutores que as as mulheres nórdicas, as vezes, corriam para o meio da batalha quando seus amados eram mortos, com a esperança de terem a mesma sorte, ou deixavam-se cair sobre suas espadas, ou ainda, ardiam voluntariamente na mesma pira funerária em que queimavam os restos de seus amados. Freya é portanto uma Deusa da vida e da morte.

Freya também era uma Volva e empregava o Seidhr com sua capa de penas e seu colar viajando astralmente como um pássaro pelos nove mundos. Estava ligada às Disirs que são as valkirias que retornam da morte para proteger seus familiares.

A magia de Freya era xamanística por natureza, como indica seu vestido ou manto de penas falcão, que permitia que se transformasse em um pássaro, viajasse para qualquer dos mundos e retornasse com profecias.

Os xamãs atuais julgam tal habilidade de efetuar viagens astrais como necessárias para a previsão do futuro e para obter sabedoria. Entre os nórdicos, esta habilidade presenteada por Freya, era chamada Seidhr.

A Deusa Freya possuia a habilidade mágica de mudar de forma, essa habilidade mágica chamada seidr é uma técnica mágica de natureza xamânica que envolve o transe, a transmutação, a cura, a magia sexual, a advinhação, e a viagem do corpo astral.

A técnica do seidr era praticada pelas sacerdotisas de Freya "as Volvas", estas sacerdotizas apesar de terem muitos amantes, não costumavam se casar, eram livres e não pertenciam a nenhum homem, tal qual as hieródulas gregas e as sacerdotizas de Inana, Ishtar e Asherah .

Como Deusa da magia e da adivinhação, Ela ensinou os segredos das runas ao Deus Odin e foi quem iniciou o Deus nas Artes Mágicas Seidr.

A Deusa, aliás, emprestou a Loki a sua plumagem de falcão para que ele fosse libertar Idunn, a Deusa Guardiã da Maçã da Juventude, raptada pelo gigante Thjazi, metamorfoseado em águia.

A prática do seidr também era realizada por alguns homens que acreditavam na tradição que afirmava que um homem devia se transformar em uma mulher a nível espiritual para servir à Deusa.
Para a evolução dos homens é de extrema importância eles se conectarem com a sua própria energia feminina "a anima"(1) (conectar-se com a energia feminina não tem nada a ver com direcionamento sexual ou opção sexual).

Pois o desenvolvimento de qualidades "ditas" como essêncialmente femininas, tais como sensibilidade e intuição não tornam um homem menos másculo ou menos viril, pois virilidade(2) e masculinidade(3) nada tem haver com direcionamento sexual ou opção sexual.

"Só para esclarecer o direcionamento sexual ou opção sexual não afeta a capacidade sexual, nem a capacidade reprodutiva, assim como à imagem estereotipada não determina sexualidade de alguém."

" Segundo Pierre Proudhon a vida do homem divide-se em cinco períodos: infância, adolescência, mocidade, virilidade e velhice. No primeiro período o homem ama a mulher como mãe; no segundo, como irmã; no terceiro, como amante; no quarto, como esposa; no quinto, como filha".


Tal pensamento confirma a importância da mulher em todas as fases da vida e do desenvolvimento do homem, assim como no desenvolvimento da sua personalidade.

Freya é uma Deusa que abrange vários aspectos por isso é considerada uma Deusa Tríplice, sendo uma Deusa de grande beleza, força e poder. A sexualidade e o amor são suas características marcantes e são fortemente regidos por ela.

Por ser uma Deusa da guerra Freya, muitas vezes aparece representada usando armas de guerra pois um de seus aspectos era o de guerreira, e como tal, presidia as batalhas ao lado de Odin.

Porém, apesar de ser uma Deusa da magia, da guerra e da morte, Freya não é uma Deusa atemorizante ou assustadora, ela representa a vida, sua essência é o poder do amor e da sexualidade, que embeleza e enriquece a vida.

Nas línguas anglo-saxãs o dia de sexta-feira "Friday" foi nomeado em sua homenagem, e mesmo com o advento do cristianismo e a proibição Igreja, os casamentos continuaram a acontecer neste dia visando atrair as bênçãos desta poderosa Deusa pré-cristã.

Existem vários mitos sobre a Deusa Freya, um deles lembra a procura de Ísis por Osíris.

Este mito relata que Freya era casada com Odur, (Od ou Odr uma possível variação de Odin) o símbolo do Sol de verão, também considerado um símbolo da paixão e dos embriagantes prazeres do amor, por isso, esse povo antigo acreditava que sua esposa não conseguira ser feliz sem ele, enquanto Odur estava ao seu lado, Freya estava sorridente e era completamente feliz.

O casal tinha duas filhas Hnoss e Gersemi, essas donzelas eram tão lindas que seus nomes eram dados a todas as coisas bonitas.
Porém, um dia estando entediado, Odur resolveu abandonar seu lar subitamente e se dedicou a viajar pelo mundo, deixando Freya muito infeliz, sem entender o que teria acontecido com ele, sentindo-se profundamente triste ela derrama lágrimas sobre a Terra, estas ao caírem sobre o solo transformam-se em ouro e ao caírem sobre o mar transformam-se em âmbar.

A Deusa resolve então procurar seu marido o Deus Odur, Ela anda por todos os lugares procurando o marido sem conseguir encontra-lo. Resolve então viajar pelos Nove Mundos.

Depois de uma longa busca, Ela finalmente encontra Odur sentado debaixo de uma laranjeira florida, árvore símbolo dos apaixonados, meditando contemplando o silêncio. Quando ele avista Freya seus olhos se iluminam de alegria, após o reencontro, o feliz casal retorna para Asgard, a morada dos Deuses.

Por causa da felicidade de Freya as ervas voltaram a crescer verdes, as flores brotaram, os pássaros cantaram, pois toda a natureza rejubilava-se com a alegria de Freya como também se afligia quando esta se encontrava triste.


Freya assim como outras Deusas também é conhecida por vários nomes como: Freia, Freja, Froya, Freyja, Frija, Frowe, Frea, Fro, Vanadis, Vanabrudr, Mardöll, Hörn, Syr, Gefn ou simplesmente "A Senhora" dependendo do local onde foi cultuada, sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a Deusa Frigga.

Tantos nomes foram utilizados para poder designar a mais gloriosa e brilhante deusa nórdica, e talvez mesmo assim, ainda não se faça justiça a tudo o que ela personificava e significava para os pagãos nórdicos.

Alguns autores no entanto consideravam Freya e Frigga como aspectos de uma mesma Deusa, porém, as diferenças são óbvias. Enquanto Frigga é a padroeira da paz e da vida doméstica protetora da família, Freya é a regente do amor e da guerra, da fertilidade, da magia e da morte.

Chamada de "Afrodite nórdica", Freya era considerada "A Senhora" e seu irmão Frey, "O Senhor", ambos eram invocados para atrair a fertilidade da terra e a prosperidade das pessoas. Alguns mitos afirmam que Freya e seu irmão Frey eram filhos da deusa da terra Nerthus e do deus do mar Njord, Freya fazia parte das divindades mais antigas, os Vanir.

Da análise de seu arquétipo, podem ser feitas algumas comparações com deusas de outras culturas e identificadas algumas semelhanças:

*Como Perséfone, Freya também se ausentava da terra por alguns meses, causando a queda das folhas e a chegada do inverno.

*Da mesma forma que Hécate, Freya ensinou as artes mágicas às mulheres e era a padroeira das magas e das profetisas (völvas e seidhkonas).

*Assim como Afrodite, Freya regia o amor e o sexo e teve numerosos amantes (segundo os comentários de Loki, todos os deuses aesir, todos os elfos, quatro gnomos e alguns mortais), sendo considerada adúltera e promíscua pelos historiadores cristãos.

As duas deusas são aficionadas por ouro e jóias. Afrodite tem seu cinto mágico, Freya usa o famoso colar mágico Brisingamen e o nome de suas duas filhas Hnoss e Gersemi, que significam, respectivamente, tesouro e jóia.

*Cibele, em seu mito, era servida por sacerdotes eunucos; os magos nórdicos que usavam as práticas seidhr e eram considerados efeminados pelos guerreiros que os apelidavam de ergi. Enquanto a carruagem de Cibele era puxada por leões, a de Freya era conduzida por gatos (em ambos os casos felinos eram atribuídos as Deusas).

*Como as Deusas celtas Maeve, Morrigan e Macha, Freya era guerreira e sedutora, e como Elas usava a magia ou a astúcia para atingir seus objetivos.

*Como Ísis, Freya também saiu em busca de seu marido desaparecido, procurando-o e lamentando sua ausência, até traze-lo de volta.

*Outras deusas correlatas são Anat, Ishtar e Inanna, que têm em comum com Freya os traços guerreiros, a licenciosidade amorosa, as habilidades mágicas e a morte e renascimento (ou retorno) de seus amados.

*Como Inana e Ishtar, Freya também tinha sacerdotizas que não se casavam e possuiam vários amantes.

*Sendo uma guerreira, uma valquíria (equivalente a uma amazona grega) a presença do "animus" energia masculina é bem forte nesta Deusa.

*Freya não é apenas comparada a essas deusas, mas também a Odin, pois ambos se valiam do sexo para atingir seus propósitos. Ambos eram adúlteros e ardilosos, e viajavam metamorfoseados entre os mundos e recebiam as almas dos guerreiros mortos em seus salões.

Freya possuía um colar mágico, Brisingamen, obtido de quatro gnomos ferreiros, em troca de favores sexuais (ela dormiu uma noite com cada um como forma de pagamento).

Odin, com inveja dos poderes mágicos do colar, enviou Loki para que o roubasse.

Loki se transformou em uma pulga e mordeu o pescoço de Freya que, ao se coçar, soltou o colar, permitindo que Loki o roubasse. Para reavê-lo, Freya teve que fazer algumas concessões para Odin com relação à disputa sobre os ganhadores nas batalhas (cada um deles queria a vitória para seus protegidos).

Diziam as Lendas, que uma batalha seria vitoriosa, se Freya sobrevoasse o campo inimigo em forma de Falcão, ou na forma Humana usando um manto de penas de falcão, liderando suas nove Deidades, consideradas também Servas de Odin, as Valquírias, Guerreiras Condutoras e Protetora das Almas em Combate.

Freya vivia na planície de Folkvangr ("campo de batalha"), em um palácio chamado Sessrumnir ("muitos salões").

Diariamente, ela cavalgava, como condutora das Valquírias, e recolhia metade dos guerreiros mortos em combate. Nesse aspecto, seu nome era Val-Freya, como recompensa por ter iniciado Odin na prática da magia seidhr, Freya podia escolher quais heróis desejava, os demais cabiam a Odin.

Ela também recebia as almas das mulheres solteiras. Como Vanadis, Freya era a regente das Disir, que personificavam aspectos das forças da natureza (sol, chuva, fertilidade, abundância e proteção) e eram as matriarcas ancestrais das tribos, reverenciadas com o festival anual Disirblot, na noite de 31 de outubro.

Freya e Frigga são consideradas Deusas gêmeas (Deusas brancas, com aspectos luminosos de fertilidade, vida, amor, crescimento, etc...) que juntamente com Hel ( deusa escura, com aspectos sombrios de morte,destruição, depressão, etc...), formam uma tríade (Deusa Tríplice), embora, tivessem atributos totalmente diferentes.

Freya também tinha seu aspecto solar: chamada de "Sol brilhante", ela chorava lágrimas de ouro e âmbar, que eram também os nomes de seus gatos, chamados de Tregul ("ouro da árvore", mel) e Bygul ("ouro de abelha", âmbar)

Seus gatos mágicos, Bygul (ouro de abelha, mel) e Tregul (ouro de árvore, âmbar), puxam sua carruagem, mas ela também possui um javali de batalha (Hildisvini) o qual ela cavalga.

Sua busca por Odur segue a trajetória do Sol, conforme as mudanças de estações, o que também a ligava a terra. Com o nome de Mardal ou Mardöll, Freya era reverenciada como "o brilho dourado que aparece na superfície da água iluminada pelos raios do Sol poente".

Supõe-se que Gullveig (a enigmática giganta que disseminou a cobiça entre os deuses Aesir) tenha sido um disfarce usado por Freya, enfatizando sua paixão pelo ouro. E foi como a maga Heidhr, "A Brilhante", que ela ensinou a magia seidhr a Odin.

Outras de suas manifestações são Hörn, "A fiandeira", regente do linho; Dyr, representada como "A porca", a protetora dos animais domésticos, e Defn, "A generosa"; mas sempre como "A Senhora", real significado de seu nome (Frowe, Fru ou Frau).

Atributos:

Representação da feminilidade, do amor, do erotismo da vida, da prosperidade e do bem-estar.

Também era a regente das batalhas, da guerra e da coragem.

Era a senhora da magia, a padroeira das profecias e das práticas xamânicas seidhr ou seidr (compostas por transe, necromancia, magia e adivinhação).

Suas sacerdotisas eram as völvas e serdhkonas.

Freya era a deusa nórdica mais cultuada e conhecida; seu nome deu origem à palavra fru (que significa "mulher que tem o domínio sobre seus bens"), que acabou por se tornar, com o passar do tempo, o equivalente a "mulher".

Renomada pela beleza extraordinária e pelo poder de sedução, ela tinha formas exuberantes e aparecia com os seios desnudos, o manto de penas de falcão nos ombros e inúmeras jóias de ouro e âmbar.

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Informações adicionais:

(1)ANIMA - Para a Psicologia Analítica, o arquétipo da anima (termo em latim para alma),constitui o lado feminino no homem, e o arquétipo do animus(termo em latim para mente ou espírito), constitui o lado masculino na psique da mulher. Ambos os sexos possuem aspectos do sexo oposto, não só biologicamente, através dos hormônios e genes, como também, psicologicamente através de sentimentos e atitudes.
Sendo a persona a face externa da psique, a face interna, a formar o equilíbrio são os arquétipos da anima e animus. O homem traz consigo, como herança, a imagem de mulher. Não a imagem de uma ou de outra mulher especificamente, mas sim uma imagem arquetípica, ou seja, formada ao longo da existência humana e sedimentada através das experiências masculinas com o sexo oposto.
Cada mulher, por sua vez, desenvolveu seu arquétipo de animus através das experiências com o homem durante toda a evolução da humanidade.

(2)VIRILIDADE - s.f. Qualidade de viril. Plenitude da capacidade sexual do homem.Faixa etária entre a adolescência e a velhice. Esforço, vigor, coragem.

(3)MASCULINIDADE - Em antropologia, a masculinidade se refere à imagem estereotipada de tudo aquilo que seria próprio de indivíduos machos, principalmente em análises da sociedades humanas. Faz oposição ao termo feminilidade
Em biologia, os machos são definidos como os indivíduos de uma espécie que produzem o gâmeta (ou gameta, a célula reprodutiva) menor e geralmente móvel - o espermatozóide, nos animais ou o anterozóide nas plantas.

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Referência:

Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur - Coleção Gaia AlémdaLenda

Mistérios Nórdicos, Deuses, Runas, Magias e Rituais - Mirella Faur - Ed. Pensamento

As Melhores Histórias da Mitologia Nórdica - Carmen Alice Seganfredo & A. S. Franchini - Ed. Artes e Oficios

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ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Morrígan (”Terror” ou “Rainha Fantasma”)


Na Mitologia Celta o dia 30 de outubro era comemorado o Dia de Morrigan, patrona das sacerdotisas e das bruxas
Morrígan (”Terror” ou “Rainha Fantasma”), também escrita Mórrígan (”Grande Rainha”) (aka Morrígu, Mórríghean, Mór-Ríogain) é uma figura da mitologia irlandesa (céltica) considerada uma divindade, embora não seja referida como “Deusa” nos textos antigos.

Morrigan é uma das formas que toma a antiga Deusa Guerreira Badb. Morrigan ou Morrigu, Macha e Badb formam a triplicidade conhecida como as "MORRIGHANS", as FÚRIAS da guerra na mitologia irlandesa.

Morrigan, como todas as deidades celtas está associada as forças da Natureza, ao poder sagrado da terra, o Grande Útero de onde toda a vida nasce e depois deve morrer para que a fecundidade e a criação da terra possam renovar-se.
É também a Deusa da Morte, do Amor e da Guerra, que pode assumir a forma de um corvo. Nas lendas irlandesas, Morrigan é a deidade invocada antes das batalhas, como a Deusa do Destino humano.

Dizia-se que quando os soldados celtas a escutavam ou a viam sobrevoando o campo de batalha, sabiam que havia chegado o momento de transcender. Então, davam o melhor de si, realizando todo o tipo de ato heróico, pois depreciavam a própria morte.
Para os celtas, a morte não era um fim, mas um recomeço em um Outro Mundo, o início de um novo ciclo.

Na epopéia de Cuchulainn, "Tain Bó Cuailnge", em que se celebra a grande guerra entre os Fomorianos e os Tuatha De Danann, as três Deusas Guerreiras com forma de corvos são Nemain, Macha e Morrigu, das quais Morrigu é a mais importante.
Segundo a análise que faz Evans Wentz da lenda, são a forma tripartida de Badb.

Nemain confunde os exércitos do inimigo, Macha goza com a matança indiscriminada, porém foi Morrigu quem infundiu força e valores sobrenaturais a Cuchulainn, que desse modo ganhou a guerra para os Tuatha De Danann, que representavam as forças do bem e da luz, e derrotou os obscuros Fomorianos, de igual modo que os deuses olímpicos venceram os Titãs.
Representada comumente como uma figura terrível, nas glosas dos manuscritos medievais irlandeses como uma equivalente a Alecto - uma das Fúrias na mitologia grega de fato, um dos textos refere-se a Lâmia como “um monstro de formas femininas, ou seja, uma Morrigan” ou ainda como o demônio hebreu Lilith.

Associada com a guerra e a morte no campo de batalha, algumas vezes é anunciada com a visão de um corvo sobre carcaças, premonição de destruição ou mesmo com vacas. Considerada uma divindade da guerra, comparável às Valquírias da mitologia germânica, embora sua associação com o gado bovino permita também uma ligação com a fertilidade e o campo.

É com freqüência vista como uma divindade trinitária, embora as associações desta tríade variem: a mais freqüente dá-se de Morrígan com Badb e com Macha - embora algumas vezes incluem-se Nemain, Fea, Anann e outras.

As mais antigas narrativas de Morrígan estão nas histórias do “Ciclo do Ulster”, onde ela tem uma relação ambígua com o herói Cúchulainn. No Táin Bó Regamna (Invasão do gado em Regamain), ele a desafia, sem compreender o quê ela é, quando ela guia uma novilha por seu território, tornando-se seu inimigo. Ela profere uma série de ameaças, predizendo finalmente uma batalha próxima onde ele será morto. Ela diz, enigmaticamente: “Eu vigio sua morte”

No Táin Bó Cuailnge a Rainha Medb de Connacht comanda uma invasão ao Ulster para roubar o touro Donn Cuailnge. Morrígan surge ao touro na forma de um corvo, e o previne para fugir. Cúchulainn defende o Ulster, travando no vau dum rio uma série de combates contra os campeões de Medb. Entre os combates, Morrígan lhe surge, com aparência de uma bela moça, oferecendo-lhe seu amor e auxílio na batalha mas ele a rejeita.

Como vingança ela interfere no seu próximo combate, primeiro assumindo a forma de uma enguia, fazendo-o tropeçar; depois, com a forma de um lobo, provocando um estouro da boiada, e finalmente como uma novilha que conduz o rebanho em fuga, tal como havia ameaçado em seu primeiro encontro. Cúchulainn é ferido por cada uma das formas que ela assume mas, apesar disto, consegue derrotar seus oponentes. Ao final ela reaparece-lhe, como uma velha que trata-lhe os ferimentos causados por suas formas animais.
Enquanto ordenha uma vaca, ela oferece a Cúchulainn três copos de leite. Ele a abençoa por cada um deles, e suas feridas são curadas.

Numa das versões sobre o conto da morte de Cúchulainn, falando sobre como o herói enfrenta seus inimigos, diz-se que este encontra Morrígan como uma velha que lava sua armadura ensangüentada à margem do rio um presságio de sua morte.

Depois, mortalmente ferido, Cúchulainn amarra-se a uma pedra com suas próprias entranhas, para assim poder morrer em pé… Somente quando um corvo pousa sobre seu ombro é que os inimigos acreditam que realmente está morto.

Morrígan também aparece em textos do chamado “Ciclo Mitológico” celta. Na compilação pseudo-histórica Lebor Gabália Érenn, do século XII, ela está listada entre Tuatha Dé Danann, como uma das filhas de Ernmas, neta de Nuada.
Morrígan é freqüentemente considerada como uma deusa trina, mas a sua suposta natureza tripla é ambígua e inconsistente. Às vezes surge como uma de três irmãs, as filhas de Ernmas: Morrígan, Badb e Macha.

Por vezes a trindade consiste em Badb, Macha e Nemain - coletivamente conhecidas como Morrígan ou, no plural, como as Morrígan. Ocasionalmente Fea ou Anu também surgem, em várias combinações. Morrígan, porém, muitas vezes aparece só, e seu nome por vezes é transmutado para Badb, sem a terceira “forma” mencionada…

Morrígan é usualmente tida como “deusa guerreira”: W. M. Hennessey, em sua obra A antiga deusa irlandesa da guerra, escrita em 1870, foi influenciado por esta interpretação. O seu papel envolve freqüentemente a morte violenta de determinado guerreiro, ao tempo em que é sugerida uma ligação com Banshee (espécie de fada) do folclore posterior).

Esta ligação torna-se mais evidente no livro de Patricia Lysaght (The Banshee: The Irish Death Messenger - Banshee): “Em certas áreas da Irlanda encontra-se este ser fantástico que, além do nome feérico, também é chamada de Badhb”.


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

Blue Foundation - Eyes on Fire (Tradução)



Olhos Em Fogo

Eu vou te perseguir
Te esfolar vivo
Mais uma palavra e você não sobreviverá
E eu não tenho medo
Do seu poder roubado
Posso ver através de você qualquer hora


Eu não vou aliviar sua dor
Eu não vou acalmar sua tensão


Você vai esperar em vão
Eu não tenho nada que você queira


Estou pegando isso devagar
Alimentando minha chama
Embaralhando as cartas do seu jogo
E na hora certa
No lugar certo
Eu jogarei meu Às


Eu não vou aliviar sua dor
Eu não vou acalmar sua tensão
Você vai esperar em vão
Eu não tenho nada que você queira


Olhos em fogo
Sua espinha está em chamas
Cortando qualquer inimigo com meu olhar
E na hora certa
No lugar certo
Emergindo devagar com graça


Ah… Cortando qualquer inimigo com meu olhar


Ah… Emergindo devagar com graça (2x)

A letra desta música expressa bem a reação das Deusas negras quando negligênciadas, ou como diria Jung quando nossa sombra não é trabalhada, nós percebemos isto nos mitos e também no dia a dia quando vemos ainda tantas pessoas que se tornam vingativas quando são traídas ou negligênciadas por aqueles a quem amam ou pensam amar.

Trabalhar o aspecto da sombra nos ajudará a entender melhor estes sentimentos e transmutá-los, pois para perdoar as outras pessoas é preciso que nós primeiro nos perdoemos, para compreender os outros é preciso que primeiro nós possamos compreender a nós próprios.

Aceitar nossos defeitos e perdoá-los, modificando a nossa maneira de ser, nos permite compreender e perdoar as faltas alheias e seguir em frente sem mágoas, ódios ou arrependimentos.

ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
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CULTO A DEUSA


Desde os povos primitivos a partir do momento que o ser humano passou a receber ensinamentos esotéricos sobre a Divindade, surgiram inúmeras religiões, sendo que em sua maioria possuíam o seguinte conceito: "A manifestação dual e tríplice da Divindade na Terra."

Essa sabedoria primitiva, os Deuses e Deusas, representantes dos mais diversos planos de manifestação só podiam ser concebidos a partir do momento que um determinado povo lhes desses atributos mais humanos. Esses atributos eram gerados na conformidade das possibilidades de concepção, mentais, psíquicas e emocionais daquele determinado povo, além é claro de suas possibilidades evolutivas. Assim a exceção dos Iniciados que podiam penetrar na transcendência desses seres divinos e reverenciá-los em seus sanctus ou santuários sagrados, o povo precisava de um deus e uma deusa bem próxima de suas possibilidades intelectuais.

Em todos os cantos da Terra, cada nação com seu idioma, invocam os mesmos deuses com os mais variados nomes que eram sincretizados no Logos, na Deidade e finalmente no Verbo manifestado, assim você tem, quase sempre o Pai, a Mãe e o Filho como primeiro, segundo e terceiro Logos respectivamente, assim temos:

No Egito, Osíris, Ísis e Hórus; na Índia Brahma, Vishnu e Shiva; na Pérsia, Ahuramazda, Mithra e Ariman; na Fenícia, Anu, Ea e Bel, aqui note que a alegoria cristã de Deus, Maria e Jesus não é mera coincidência.

Nos fantásticos textos de Dzian, que são textos da India primitiva (muito tempo antes do cristianismo católico romano), você tem: "O tempo não existia, pois havia dormido no seio do infinito da duração (...) Só as trevas enchiam o todo sem limites, pois Pai, Mãe e Filho eram uma vez mais unos. (...) As trevas irradiam luz...a luz emite um raio solitário nas águas dentro do abismo da Mãe. O Raio transpassa o Ovo Virgem."

Curioso é que esse texto acima mostra uma nova Aurora da Manifestação no Universo após a reintegração com o Uno. Quiçá uma forma alegórica de descrever a fecundação no óvulo sob um prisma energético. Para efeitos esse texto foi escrito há alguns milhares de anos atrás.

Na gênese você poderá ler: "Deus criou no princípio os céus e a terra; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sob a face das águas. E deus disse: - Haja Luz. E houve a Luz." Apenas note que neste trecho a expressão Mãe foi emitida e substituída pela Água, eterna representação do princípio feminino universal.

Há ainda na mitologia escandinava: "No princípio havia um grande abismo (Caos); nem dia, nem noite existiam; o abismo era Ginnungagap, sem princípio nem fim. O Todo Poderoso, O Pai Incriado, morava nas profundezas do ABISMO(ou espaço) e quis, e o que quis veio a existência."

Esses textos são relacionados com a primeira e primordial manifestação, cujo simbolismo místico e iniciático é da mais alta transcendência cósmica e espiritual para o adepto.

Note que está sempre presente o princípio vivificador e a matriz de onde se origina a criação. É neste aspecto que surgem todas as mitologias a Mãe Universal ou Cósmica. Em todas as formas de vida está este princípio vivificador, chamado de Causa das Causas. Ele se manifesta e se projeta plano a plano, de esfera em esfera, na grande hierarquia Celestial dos seres criadores até chegar no ser humano, no plano mais denso e inferior.

A humanidade porém não pode conceber, mesmo nos dias de hoje, uma Mãe Cósmica, Suprema e Universal, assim procuram humanizar mais essa Mãe, no intuito de ouvir e atender suas súplicas, sendo assim reverenciada em vários aspectos e atributos que como já disse, mais adaptáveis a cada povo.

Assim temos na Grécia Antiga, Palas Atena - deusa da sabedoria; ou Demeter e sua filha Perséfone reverenciada nos famosos cultos de Elêusis (neste culto se achava a Arvore Sagrada que estava associada a Pomba, o Leão, o Peixe e a Cobra, interligadas respectivamente e representando o domínio sobre o Ar, a Terra, a Água e o Fogo) ; Afrodite, Deusa do Amor e Afrodite Urânios, uma Afrodite Celestial tida como "Mãe do Imaculado Amor" e no seu aspecto mais inferior Afrodite Pandemus mais ligada as paixões humanas. No Egito temos Ísis em cujo Templo em Sais havia a seguinte inscrição: "Eu sou aquela que é, que foi e que será e jamais ninguém levantou o véu que oculta minha divindade de olhos mortais." Notoriamente o "Véu de Ísis" tem simbolizado no meio iniciático os ensinamentos ocultos da primitiva sabedoria dado ao caráter elevado dessa Deusa na hierarquia oculta. Nos cultos Afro-Brasileiros temos Yemanjá e sua ligação com o mar.

Ainda temos no Egito a Deusa Hator, como simbolismo da Grande Mãe, mostrando uma nova face de Ísis;

A Cibele dos Gregos e Romanos;

Freya na Escandinávia;

Ishtar na Babilônia;

Sophia para os gnósticos;

Maria mãe de Deus para os católicos romanos.

Apenas para terminar e elucidar definitivamente esse ensaio, a letra "M" ou "M" sempre simbolizou junto com o pentagrama a água ou grande Mar, o elemento feminino, e normalmente em Magia seu significado traduz o símbolo da manifestação - o homem de braços e pernas abertas, e identifica como no caso da Bruxaria o filho ou filha da Grande Mãe, entidades relacionadas com o elemento água, ou Deusas Lunares. Os encantos, as poções a beira do caldeirão onde está presente o elemento água, etc. Apenas por curiosidade e para quem não sabe, a estrutura molecular da água tem o formato de uma estrela de cinco pontas, o curioso disto é explicar como as ciências antigas já possuíam o segredo de sua composição molecular.


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

Macha (mitologia da Irlanda)

Recados e Imagens - fadas


A deusa Macha foi adorada na Irlanda mesmo antes da chegada dos celtas. Ela é uma deusa Tríplice associada com Morrigan a deusa da guerra e da morte. É ligada também a Dana no aspecto de fertilidade da mulher. Seu pai era o "Aed, o vermelho" e sua mãe era Ernmas (druida feminina).

Há diversas lendas que convergem à deusa Macha. Às vezes ela aparece como sendo pertencente ao povo de Tuatha Dé Danann, mas em outras surge como uma rainha mortal. Portanto, é normal a confusão a respeito do que realmente ela é. Macha foi esposa de Nemed e consorte de Nuada; chamada de "Mulher do Sol". Ancestral do Galho Vermelho, é a Rainha da Irlanda, filha de Ernmas e neta de Net.

Seu corpo é o de um atleta e seus símbolos são o cavalo e o corvo. Macha está presente no "Livro das Invasões" quanto nas lendas do Ciclo de Ulster. Esta deusa é uma deidade tipicamente celta, pois em dado momento ela parece ser suave e generosa, para em outro transformar-se em terrível mulher guerreira.

Em algumas fontes, Macha é citada como uma das três faces de Morrighan, a maravilhosa deusa da guerra, da morte e da sensualidade. No "Livro das Invasões", a seguinte frase descreve esta triplicidade; "Badbh e Macha, grandes poderes. Morrighan que espalha confusão, Guardiãs da Morte pela espada, Nobre filhas de Ernmas.

" Nesse contexto, Macha é retratada como uma mulher alta e destacada, vestindo uma túnica vermelha e cabelos castanho-amarelados. Estas três deusas esconderam o desembarque dos Thuatha Dé Dannan na Irlanda no início dos tempos. Elas fizeram o ar jorrar sangue e fogo sobre oa Fir Bolgs, aqueles que inicialmente se opuseram contra os Thuatha, e depois os forçaram a abrigá-los por três dias e três noites. No "Livro Amarelo de Lecan", Macha é glosada como "um corvo, a terceira Morrighan".

As três Morrighan são:

Nemain - "frenesi", a que confunde as vítimas e espalha medo;
Morrighan - "Grande Rainha", a qual planeja o ataque e incita à valentia;
Macha - o corvo que se alimenta dos cadáveres em combate. Está também associada a troféus de batalha sangrentos, como as cabeças recolhidas dos inimigos, chamadas de "a Colheita de Macha". Esta sua ligação com a arte da batalha é reforçada nome das Mesred machae, os pilares das fortalezas, onde as cabeças dos guerreiros derrotados eram empaladas.

Macha é também a deusa que guia às almas ao além-mundo. Ela vive na terra dos mortos à oeste. Antes de sua ligação com à morte, ela representava a quintessência das fadas. É igualmente considerada uma deusa da água semelhante a Rhiannon e Protetora dos Eqüinos como Epona. Está ainda, associada à deusa do parto, especialmente se este for de gêmeos.




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sábado, 19 de junho de 2010

Pombagira de Umbanda

Recados e Imagens - fadas


Pombagira de Umbanda

A Pombagira não é considerada uma Deusa mas o seu arquétipo é baseado em Deusas como Lilith e no aspecto escuro de Afrodite (Afrodite Pandemus mais ligada as paixões humanas).

Na Umbanda, a entidade espiritual que se manifesta incorporada em suas médiuns está fundamentada num arquétipo desenvolvido à partir da entidade Bombogira, originária do culto Angola.

Nos cultos tradicionais oriundos da Nigéria não havia a entidade Pombagira ou um Orixá que a fundamentasse.

Mas, quando da vinda dos nigerianos para o Brasil (isto por volta de 1800), estes aqui encontram-se com outros povos e culturas religiosas e assimilam a poderosa Bombogira angolana que, muito rapidamente, conquistou o respeito dos adoradores dos Orixás.

Com o passar do tempo a formosa e provocativa Bombogira conquistou um grau análogo ao de Exu e muitos passaram a chamá-la de Exu Feminino ou de mulher dele.

Mas ela, marota e astuta como só ela é, foi logo dizendo que era mulher de sete exus, uma para cada dia da semana, e, com isso, garantiu sua condição de superioridade e de independência.

Na verdade, num tempo em que as mulheres eram tratadas como inferiores aos homens e eram vítimas de maus tratos por parte dos seus companheiros, que só as queriam para lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos, eis que uma entidade feminina baixava e extravasava o 'eu interior' feminino reprimido à força e dava vazão à sensualidade e à feminilidade subjugadoras do machismo, até dos mais inveterados machistas.

Pombagira foi logo no início de sua incorporação dizendo ao que viera e construiu um arquétipo forte, poderoso e subjugador do machismo ostentado por Exu e por todos os homens, vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres.

Pombagira construiu o arquétipo da mulher livre das convenções sociais, liberal e liberada, exibicionista e provocante, insinuante e desbocada, sensual e libidinosa, quebrando todas as convenções que ensinavam que todos os espíritos tinham que ser certinhos e incorporarem de forma sisuda, respeitável e aceitável pelas pessoas e por membros de uma sociedade repressora da feminilidade.

Ela foi logo se apresentando como a "moça" da rua, apreciadora de um bom champagne e de uma saborosa cigarrilha, de batom e de lenços vermelhos provocantes.

"O batom realça os meus lábios, o rouge e os pós ressaltam minha condição de mulher livre e liberada de convenções sociais".

Escrachada e provocativa, ela mexeu com o imaginário popular e muitos a associaram à mulher da rua, à rameira oferecida , e ela não só não foi contra essa associação como até confirmou: "É isso mesmo"!

E todos se quedaram diante dela, de sua beleza, feminilidade e liberalidade, e como que encantados por sua força, conseguiram abrir-lhe o íntimo e confessarem-lhe que eram infelizes porque não tinham coragem de ser como elas.

Aí punham para fora seus recalques, suas frustrações, suas mágoas, tristezas e ressentimentos com os do sexo oposto.

E a todos ela ouviu com compreensão e a ninguém negou seus conselhos e sua ajuda num campo que domina como ninguém mais é capaz.

Sua desenvoltura e seu poder fascinam até os mais introvertidos que, diante dela, se abrem e confessam suas necessidades.

Quem não iria admirar e amar arquétipo tão humano e tão liberalizado de sentimentos reprimidos à custa de muito sofrimento?

Pombagira é isto.

É um dos mistérios do nosso divino criador que rege sobre a sexualidade feminina.

Critiquem-na os que se sentirem ofendidos com seu poderoso charme e poder de fascinação.Ela é a Kundalini Sagrada e em seu estado mais elevado quando se encontra repleta de Luz, pertence à Corrente Astral de Afrodite, atuando até mesmo como Eros.

Amem-na e respeitem-na os que entendem que o arquétipo é liberador da feminilidade tão reprimida na nossa sociedade patriarcal onde a mulher é vista e tida para a cama e a mesa.

Saibam que assim como a mulher não é só para estes afazeres, a Pombagira também não se presta apenas a atender pedidos e realizar desejos. Antes ela é um desafio que requer de nós compreensão e ajuda-nos a evoluir nossa espiritualidade por meio de nossos sentimentos.

Com isso feito, críticas contrárias à parte, o fato é que o arquétipo se impôs e muita gente já foi auxiliada pelas "Moças da Rua", as companheiras de Exu.

A espiritualidade superior que arquitetou a Umbanda sinalizou à todos que não estava fechada para ninguém e que, tal como Cristo havia feito, também acolheria a mulher infiel, mal amada, frustrada e decepcionada com o sexo oposto e não encobriria com uma suposta religiosidade a hipocrisia das pessoas que, "por baixo dos panos", o que gostam mesmo é de tudo o que a Pombagira representa com seu poderoso arquétipo.

Aos hipócritas e aos falsos puritanos, pombagira mostra-lhes que, no íntimo, ela é a mulher de seus sonhos... ou pesadelos, provocando-o e desmascarando seu falso moralismo, seu pudor e seu constrangimento diante de algo que o assusta e o ameaça em sua posição de dominador.

Esse arquétipo forte e poderoso já pôs por terra muito falso moralismo, libertando muitas pessoas que, se Freud tivesse conhecido, não teria sido tão atormentado com suas descobertas sobre a personalidade oculta dos seres humanos.

Mas para azar dele e sorte nossa, a Umbanda tem nas suas Pombagiras, ótimas psicólogas que, logo de cara, vão dando o diagnóstico e receitando os procedimentos para a cura das repressões e depressões íntimas.

Afinal, em se tratando de coisas íntimas e de intimidades, nesse campo ela é mestra e tem muito a nos ensinar.

O simbolismo é típico da Umbanda porque na África, ele não existia e o seu arquétipo anterior era o de uma entidade feminina que iludia as pessoas e as levavam à perdição.

Já na Umbanda, é o espírito que "baixa" em seu médium e orienta e ajuda a todos os que as respeitam e as amam, confiando-lhes seus segredos e suas necessidades.

São ótimas psicólogas.

Os guardiões do terreiro, Entidades de segurança nos Templos de Umbanda

Temos que começar a mudar nossos conceitos de Exú e Pombagira. Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pombagira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da Casa.

Podemos também ver os Exús como aqueles lixeiros alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido. E as Pombagiras seriam as “margaridas” mulheres que trabalham também na limpeza de nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e determinação.

Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos trabalhos das Pombagiras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos...

Isto é uma coisa absurda e vulgar... O trabalho da Pombagira é sério. É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.

O que é esse lixo, o que é esta sujeira?
Nossos pensamentos negativos.
Nossa sociedade desigual, perversa e preconceituosa.
Nossas ações.
Nossas emoções negativas se sobrepondo a nossa capacidade de amar.
Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho dos Exús e Pombagiras, levando-os a sério e não os desrespeitando e nem os menosprezando.

Na Umbanda o Exú é uma Entidade (alma) que cuida da Segurança da casa e de seus médiuns. Todas as religiões tem entidades que cumprem esse papel. Um bom exemplo disso são as comunicações recebidas por Chico Xavier e Divaldo Franco mostram a existência desses espíritos trabalhando também no Plano Astral *.

A reunião de Exú ou Gira de Exu tem como finalidade descarregar os médiuns e os consulentes. Unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados loucos.

Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia. Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva, devemos ter bons pensamentos e sentirmos verdadeiro amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada; nossa energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em muito, na sua recuperação.

Este trabalho de separação é feito por eles com muito empenho e seriedade e será muito melhor sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo, quando menos melhorando os seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo. Os Exús são almas que riem, fazem troça, mas não brincam em serviço.

Por este motivo, gostaríamos que os médiuns tivessem por eles o maior respeito e consideração, pois são eles são os nossos guardiões e da Gira, reponsabilizando-se pela limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas. Cada pessoa que entra em uma casa de Umbanda traz consigo seu saco de lixo cheio (são seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões...) e são os Exús os trabalhadores encarregados de juntarem todos estes sacos para descarregar, dando a cada um de nós a oportunidade de diminuirmos o nosso lixo e facilitando nossas próximas limpezas. Cada vitória nossa é para estas Almas trabalhadoras um passo no caminho do desenvolvimento.

Pombajira (ou Pombagira), é uma espécie de exu do sexo feminino, uma entidade que trabalha na umbanda e na quimbanda na linha de esquerda. O nome deriva de uma corruptela do banto Pambu Njila, um nkisi do Candomblé da Nação de Angola, que corresponde ao orixá Exu.

Nos cultos tradicionais oriundos da Nigéria não havia a entidade Pombagira ou um Orixá que a fundamentasse. Ela era apenas a parte feminina da personalidade de Exu. Mas, quando da vinda dos nigerianos para o Brasil (isto por volta de 1800 ou um pouco antes), estes aqui se encontram com outros povos e culturas religiosas e assimilam a poderosa Bombogira angolana que, muito rapidamente, conquistou o respeito dos adoradores dos Orixás.

Porque sabemos da dualidade contida na natureza e ela está presente também em Exu.
E com o passar do tempo às formosas e provocativas Bombogiras conquistaram um grau análogo ao de Exu e muitos passaram a chamá-la de Exu Feminino ou de mulher dele.

Na minha visão de Umbanda-Astrológica eu a vejo como a companheira de Exu, a Lilith, a Lua em sua fase negra, mas, de certa forma a outra metade de Exu ou sua natureza feminina é também aceitável.
Porque sabemos que todos os seres muito provavelmente se dividiram, mas eram no principio hermafroditas.
No entanto mesmo se dividindo resta ainda em cada ser uma parte do outro sexo.


Pombagira Maria Padilha

Esta é a Rainha do reino da lira, uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino Baganda, também conhecida como Rainha do Candomblé ou Rainha das Marias. Rainha do candomblé não pelo culto africanista aos Orixás, senão por ser essa palavra o sinônimo de dança e música ritual. Devemos dizer que a pombajira representa o poder feminino feiticeiro, comparável com as Iyami Oxorongá dos iorubás.

Ela pode ter muitos maridos, que se tornam seus "escravos" ou empregados. Em terras bantas é originalmente chamada de “Aluvaia-Pombajira", está é uma palavra africana de um idioma do povo banto (Angola), erroneamente confundido por algumas pessoas desinformadas com palavras do português “pomba um pássaro” e "gira sentido de movimento circular”. Mulher de Exu rei das 7 Liras ou Exu Lúcifer como é conhecido nas kimbandas. ( equivale a Lilith mulher de Samael)

Bonita, jovem, sedutora, elegante, feminina, mas também tem vidência, é certeira e sempre tem algum conselho para aqueles que estão sofrendo por um amor, mas também é usada a sua força para desmanchar feitiços, para pedir proteção e curar várias doenças. Mas não se engane, pois ela gosta de ser respeitada e admirada e é ponta de agulha, quem brinca com ela geralmente vai morar na sepultura.

Sua característica principal é ser uma pombagira festeira adora festas com ritualísticas e alegria, daí ser chamada de rainha do Candomblé. Prefere bebidas suaves, vinhos doces, licores, cidra, champagne, anis, etc. Gosta de cigarros e cigarrilhas de boa qualidade, assim como também lhe atrai o luxo, o brilho, o destaque, as flores e os perfumes, usa sempre muitos colares, anéis, brincos, pulseiras, etc.

Umbanda e Quimbanda

Há diversas manifestações de inúmeras falanges dessas entidades, que costumam auxiliar seus médiuns nos terreiros de Umbanda, como por exemplo: Maria Padilha, Rosa dos Ventos, Rainha das 7 Encruzilhadas, Pombajira da Calunga, Pombajira das Almas, Pombajira Cigana, Pombajira Maria Mulambo, Rosa Caveira, Dona Tata Caveira, etc.
As oferendas são inúmeras, sempre acompanhadas de champagne de boa qualidade, bons vinhos, bebidas fortes como o gim, Bourbon e, em isolados casos, a pinga.

A elas são oferecidos cigarrilhas e cigarros de boa qualidade, rosas vermelhas, sempre em numero ímpar, mel, licor de anis (uma de suas bebidas preferidas), espelhos, enfeites, jóias, bijuterias de boa qualidade, anéis, batons, perfumes, enfim, todo o aparato que toda mulher gosta e preza.
COR: Vermelho, preto e dourado
METAL: Bronze e ouro
DIA DA SEMANA: Sexta-feira
PREDOMINÂNCIA: Amor, dinheiro, sexo.

Obs: Necessáriamente as oferendas não precisam ser consumidas pelos médiuns ( no caso de bebidas e cigarros, estes podem ser colocados em pratos e taças pois as entidades só se utilizam de suas essências para os seus trabalhos)
Não há necessidade de o médium ingerir a bebida, pois a mesma pode ficar num copo e o Exú ou Pomba-gira trabalhar com a sua energia utilizando o conteúdo astral da bebida.

Pombagira são as entidades mais polêmicas que conheci em todos os meus anos de estudo e trabalho. Muito se diz sobre estas entidades: que foram mulheres da vida e que ao morrer se transformaram, que são espíritos demoníacos, que pervertem a sexualidade das pessoas, afastam casais, aproximam, enfim, todo tipo de adjetivos tem sido dada a essas grandes guerreiras do mundo astral. O que escrevo aqui sobre elas, é baseado nos meus anos de observação e convívio com a entidade, e obviamente poderá não ser a opinião de outros sacerdotes ou médiuns.

O conceito que formei sobre quem são elas é simples: são seres do mundo astral, guerreiras tanto quanto Exú, que estão bem próximas de nossa esfera humana, algumas já se reencarnaram e outras não.
Com relação as suas manifestações nos médiuns, normalmente como mulheres, suas legiões podem adotar nomes femininos, como por exemplo: Pomba-Gira Rosa, mas pertencendo a esta ou aquela linha liderada pela chefe correspondente.

Uma coisa é muito certa, todo e qualquer problema que colocamos nas mãos de qualquer uma delas tem solução. Sua força é guerreira, sua vibração magnética é carregada de sensualidade e alegria, tanto que sua chegada nos médiuns é sempre alegre, solta e sensual. Exú tem ligação com a força sexual criativa, e a Pombagira por sua vez com a circulação dessa energia criativa existente na vida e no Universo.

Lamentavelmente sua reputação se tornou péssima devido a erros de incorporação dos próprios médiuns, que por falta de instrução de seus Babalorixas ou por deturpações pessoais as transformaram em seres com fama de depravadas, libidinosas e cruéis.

Há também de se lembrar que, quando um médium incorpora um Exu ou Pombagira, ele está ativando seus chackras infe­riores, e, se este médium for despreparado ou tiver conduta questionável, po­derá interferir na incorpo­ração: ele dará vazão aos seus sentimentos meno­res, transferindo para o Exu ou Pombagira o seu tipo de compor­tamento e neste caso não há dúvidas: o médium está mistificando um ato sagra­do da espiritualidade.

O importante é sempre lembrar que, são entidades complexas de personalidade forte, e que nunca perdoam uma falta de palavra dada. O importante também é não invocá-las para trazer prejuízo a outrem, porque a dívida kármica adquirida ficará por conta de quem pediu.

Contam as lendas que podemos senti-las à noite pelas ruas, perfumadas e enfeitadas, percorrendo os caminhos dos seres humanos, os lugares ermos, os lugares movimentados, os locais onde tenham música e alegria.

Quanto ao seu aspecto sensual, faz parte de sua polaridade, não querendo significar com isso depravação ou perversão.
Se nossas amigas do invisível, quando encarnadas, foram mulheres honestas ou não, creio não ser de nossa competência avaliar isso, pois usando de uma frase sábia, os caminhos de Deus são desconhecidos.

Desenvolvendo a sexualidade com a Pombagira

Nada de sentimentos. Nada de compromissos. Se o objetivo da mulher é o orgasmo, basta despir a roupa, responder às carícias e deixar o corpo vibrar. Embora não seja um comportamento tipicamente feminino ter prazer pelo prazer, faz parte das fantasias de muitas mulheres.

Mas o mito do príncipe encantado não se destrói de um dia para o outro. “Um dia, encontrarás o grande amor”, dizem-nos. Com esta base, será difícil assumir os nossos desejos sem nos culpabilizarmos.

A maior parte das mulheres é mais sensível ao julgamento dos outros. Infelizmente, nesta sociedade, um homem que multiplica as conquistas é considerado um D. Juan, enquanto que uma mulher que faz o mesmo sujeita-se a insultos. Desprezo? Ciúme? Seja quais forem as razões, não é fácil ser alvo de más-línguas. Assim, o prazer de algumas horas seria assombrado por críticas e rótulos de mau gosto.”

Uma diferença evidente entre o homem e a mulher situa-se a nível dos sentidos. Em relação ao homem é sobretudo visual, enquanto que a mulher funciona de uma maneira mais complexa: simultaneamente táctil, auditiva e olfativa. Excitá-la é obra mais elaborada, sobretudo se ela revelar dificuldade em entregar-se por se sentir insegura nos sentimentos.
Sendo assim o resultado seria nenhum prazer e uma perda enorme de energia. Por isso, penso que as mulheres não estão programadas para aventuras sexuais, visto que não há garantia de prazer. Talvez minha opnião lhe pareça radical.

Enfim qualquer mulher pode reivindicar o sexo pelo sexo, mas todas correm o risco de se apaixonar por aquele com quem vão para a cama. E os homens, também correm esse risco sim, visto que são mais propensos a confundir sexo com sentimentos. O problema de tudo tudo depende das pessoas: Algumas mudam de parceiro sexual com muita facilidade e têm dificuldade em se fixar afetivamente, enquanto outras procuram afeição e amor, julgando que apenas querem sexo.

Escusado será dizer que as decepções são enormes, pois nem sempre eles estão na mesma onda.”
No seu livro Bien Vivre sa Sexualité, o psiquiatra François Poudat afirma que o mais importante é ser claro consigo próprio: definir antecipadamente as intenções e assumi-las plenamente.

Mas qual é a solução para otimizar as oportunidades de ter prazer? Segundo o psiquiatra francês, “a partir do momento em que a mulher se deixa ir, o prazer vem atrás, desde que não lhe calhe um inábil”. E sublinha a importância da confiança que permite a ambos serem testemunhas dessa grande intimidade que é o prazer.

Aí vem a pergunta: Se o sexo é tão bom, porquê privar-se?

A resposta parece óbvia: porque nem toda a gente está à vontade com a moral, o corpo e os seus sentimentos.
François Poudat expõe o seu ponto de vista: “Para bem viver uma relação puramente sexual é preciso agir com intenções positivas e amantes, e não ter a impressão de se comprometer ou de se sujar. Além disso, há que agir por vontade intrínseca e não para entrar na norma, ou seja, para ser igual aos outros.”

Na opinião de François Poudat, não existem situações perfeitas, mas centenas de compromissos. Cabe a cada um de nós encontrar aquele que nos convém.

AUXILIAR AS PESSOAS A DESENVOLVEREM A SUA SEXUALIDADE, CONTROLAR OS DESEJOS E ASSUMIR SEUS SENTIMENTOS, É O PAPEL DA POMBAGIRA DE LUZ.
E ENTENDER ESSE PAPEL É O PRIMEIRO PAPEL DA EVOLUÇÃO HUMANA.
NA ASTROLOGIA A POMBA GIRA EQUIVALE AO PONTO DE LILITH NO MAPA E AS LUAS NOVAS ALÉM DOS ASPECTOS DESAFIADORES, ASSIM COMO A POSIÇÃO DE MARTE E PLUTÃO.
MAS DEVEMOS FICAR ATENTOS, POIS QUEM NÃO SE HARMONIZA COM POMBAGIRA( ENERGIA SEXUAL LATENTE EM TODOS OS SERES) AUMENTA OS BLOQUEIOS, TRAUMAS E TORNA-SE INFELIZ.


Homens e Mulheres

O que nos distingue.
Em termos de sexualidade, existem diferenças fundamentais entre o homem e a mulher.

• O homem tem uma sexualidade baseada na eficácia, indo direito ao ansiado fim
• A mulher mostra-se mais sensível ao ambiente e ao afeto
• Partindo deste princípio, defendido pelo psiquiatra François Poudat no seu livro Bien Vivre sa Sexualité, as mulheres terão menos tendência para multiplicar as conquistas, visto que o desejo nem sempre vem à baila.

ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Bênção da Mulher


As Mulheres são a Deusa e a Terra, elas dão à luz filhos e criam comunidades cooperativas, formam lares e civilizações.

As mulheres fazem a paz, as mulheres fazem o humanismo, em meio ao caos, as mulheres fazem a compaixão, a sensatez e a ordem.

Reconhecendo a sua real influência, as mulheres se conscientizam do quanto são importantes e fundamentais para a sobrevivência de nosso planeta.

E que amar a si mesma é apenas um sinal de respeito que se deve a vida e a Deusa .
Para as mulheres, qualquer cura significa a cura do respeito e do amor que elas devem ter por si mesmas, bem como da sua auto-imagem feminina.

Recitar a Bênção da Mulher, todas as noites, é uma boa forma de você iniciar o processo de cura de todos os seus males.

Acenda um incenso e uma vela branca, e se coloque nua diante de um espelho. Molhe o dedo indicador com uma gota de óleo (de rosas ou de jasmim de preferência), vinho tinto, sangue menstrual, água salgada ou água pura.

Toque um por vez, cada um dos seus chakras, dizendo em voz alta o seguinte:

Tocando o chakra da coroa (topo da cabeça), diga:
"Abençoa-me mãe porque sou tua filha "

Tocando o chakra da terceira visão(entre a as sobrancelhas) , diga
"Abençoa a minha visão , para que eu veja a Ti na minha vida."

Tocando chakra da garganta,diga :
"Abençoa meu coração, para que ele se abra e se encha de amor por todos

Tocando o chakra do coração(entre os seios)
"Abençoa meu coração , para que ele se abra e se encha de amor por todos."

Tocando o plexo solar (na altura das costelas inferiores), diga:
"Abençoa minha energia vital que vem de Ti."

Tocando o chakra da barriga (abaixo do umbigo), diga:
"Abençoa o meu útero e ovários, para que eu pratique sexo com amor."

Tocando o chakra base (genitais),diga
"Abençoa os meus genitais , portal da vida e da morte."

Tocando a sola dos pés,diga
"Abençoa os meus pés, para que possam trilhar Teu caminho e o meu."

Tocando a palma de ambas as mãos, diga:
"Abençoa as minhas mãos, para que elas façam Teu trabalho , que é o meu trabalho neste mundo."

Tocando novamente o chakra da coroa , diga:
"Abençoa-me, Mãe porque sou tua filha e sou uma parte de Ti."

Essa cura produz milagres e abre o caminho para todas as curas subsequentes.

Fonte: http://templo-da-deusa.blogspot.com/


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

AS SACERDOTISAS DA DEUSA ASERÁ


"HIERODULAE"

“AS PROSTITUTAS SAGRADAS”

O termo de “prostituta sagrada” é na sua acepção atual incorreto para o contexto da época.
Antes do cristianismo lhe dar essa conotação pejorativa, durante milênios tanto o Culto da Deusa Mãe como a sexualidade da mulher eram considerados sagrados e a liberdade do seu corpo igualmente enaltecida pelo amor, como forma de dádiva e iniciação amorosa.

O termo de que deriva hierodulae queria exatamente significar o contrário dessa acepção de hoje e significava Mulher Sagrada, porque estas mulheres eram dedicadas ao culto da Deusa e desse modo eram as Iniciadoras do Amor ao mais alto nível e não a meretriz dos nossos dias a que associamos a prostituta.

Conforme passo a citar:

“O termo escolhido pelos modernos tradutores, é aplicado à hierodulae, ou “mulher sagrada” do templo da Deusa, que desempenhava um papel importante no dia a dia do mundo antigo.

As sacerdotisas da Deusa e os seus importantes encontros ocorreram até o período Neolítico (7000-3.500 A.C.), tempos em que a Deusa era honrada e amada, e o feminino era considerado sagrado em todas as regiões conhecidas hoje como a Europa e o Médio Oriente.

No mundo antigo, a sexualidade era considerada sagrada, uma dádiva especial da Deusa do amor, e as sacerdotisas que oficiavam nos templos da Deusa do amor do Oriente Médio eram consideradas sagradas pelos cidadãos dos impérios grego e romano.
Conhecidas como “mulheres consagradas”, eram tidas em grande estima como invocadoras do amor, do êxtase e da fertilidade da Deusa.

Em alguns períodos da História Judaica, até faziam parte da adoração ritual no Templo de Jerusalém, se bem que alguns dos profetas de Iavé deplorassem a influência da Grande Deusa, localmente chamada de “Ashera”.”

Fonte: Maria Madalena e o Santo Graal
De MARGARET STARBIRD


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
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quinta-feira, 3 de junho de 2010

O CULTO DA MÃE E DA FILHA


Entre as inúmeras imagens de deusas antigas se encontram com freqüência esculturas – em pedra, osso, argila – pinturas ou vasos em forma de deusas duplas ou geminadas. Elas simbolizam a polaridade biológica e oculta do princípio feminino, a eterna dança entre vida e morte, luz e escuridão, as fases da Lua, os ciclos da Natureza e da vida humana. Nos antigos Mistérios Femininos as deusas duplas - aparecendo como mãe e filha ou irmãs - expressam os elos profundos dos laços de sangue, a solidariedade e parceria femininas, sendo um incentivo para a reformulação dos conceitos contemporâneos sobre cooperação e competição entre as mulheres.


A dupla de deusas simbolizava a soberania feminina na maioria das culturas pré-patriarcais, no nível espiritual e profano, representada pelos cultos matrifocais e a linhagem matrilinear. Com o passar do tempo, o ícone da Deusa Dupla se metamorfoseia em Duas Mães, Senhoras, Irmãs ou Rainhas, reafirmando os laços de sangue e a parceria femininas. A iconografia da Deusa Dupla fortalece o conceito da natureza ambivalente da Grande Mãe, cujos polos de vida e morte se complementam em uma mandala que mescla as forças de nascimento, crescimento, morte e renascimento.


As mulheres espelham esta biologia bipolar, alternando nos seus corpos as fases hormonais (ovulação/menstruação), emocionais (expansão/retração) e espirituais (manifestação/contemplação). Nas culturas antigas ambas as polaridades eram honradas e consagradas, os rituais sendo organizados em função desta dualidade rítmica.
Assim como em outras mitologias, no Egito o tema da Deusa Dupla permaneceu durante milênios e era representado por várias deusas como Nekhbet/Wadjet, Tauret/Mut e Ísis/Nepthys.

A conexão complementar entre Ísis e Nephtys é muito antiga, dividindo entre si as regências: a luz lunar, a estrela matutina e o mundo visível e manifesto pertenciam a Ísis enquanto a face negra e oculta da Lua, a estrela vespertina e o mundo invisível e não manifestado eram o domínio de Nephtys. A sua dualidade – como faces opostas mas complementares da Grande Mãe – espelhava a dos seus maridos e irmãos, Osiris, deus da luz e fertilidade da terra e Seth, regente da escuridão e aridez do deserto. Irmã gêmea de Ísis, filha da deusa celeste Nut e do deus da terra Geb, Nepthys – ou Nebet Het - tem uma simbologia complexa e aparentemente contraditória.


Ao mesmo tempo em que representa o fim da vida – seu nome simbolizava os “confins da terra e do tempo” - ela também anunciava o renascimento. Seu tempo sagrado era o anoitecer, quando o barco solar mergulhava nas profundezas da terra, delas ressurgindo na manhã seguinte abençoado pela luz de Ísis. Seu título era a “Senhora da Casa” reproduzido pelo hieróglifo e a imagem sobre sua cabeça, o de Ísis sendo “A Senhora do trono”, que adornava sua cabeça. Enquanto Ísis governava o céu e a terra, o domínio de Nephtys era o mundo desconhecido e misterioso dos sonhos, do inconsciente e dos fenômenos psíquicos, bem como a realidade desafiadora da transformação dos mortos em seres de luz .


O que acontecia no mundo astral (de Nephtys) afetava o mundo natural (de Ísis), assim como também o contrário. A morte era uma passagem estreita da luz para a escuridão, mas a alma precisava atravessar esta escuridão para alcançar novamente a luz, conforme dizia esta frase gravada nos sarcófagos egípcios: “que possas acordar para uma nova vida com as bênçãos de Nephtys, que o renovou durante a noite fria e escura”.
Nephtys era a padroeira do sofrimento feminino e também da cura, enviando sonhos curadores e energias de alívio aos doentes, bem como apoiando os moribundos na sua passagem, o que a tornou a deusa guardiã dos ritos fúnebres.


Junto com Ísis ela foi a criadora dos rituais de reverência aos deuses e das práticas templárias e mortuárias. Chamadas de Ma’aty – a dupla verdade – as irmãs eram “As Senhoras”, que apareciam em forma de pássaros migratórios nos sarcófagos para descrever o inverno (e a morte), bem como a primavera (e o renascer).


Representadas juntas e com as asas estendidas ao lado dos faraós sobre seus sarcófagos, elas não apenas simbolizavam sua proteção, mas também o seu renascimento. O espaço entre suas asas forma o símbolo ka, o abraço divino que contém o todo e todas as suas partes.Isis e Nephtys se tornam uma deusa só quando juntam suas energias complementares e assistem Osiris na sua ressurreição, assim como fazem com o Sol (na sua passagem entre noite e dia) e acredita-se que farão com todas as almas na sua transição entre vida/ morte e renascimento.

por Mirella Faur

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ishtar Deusa babilônica do amor


Por Aline Santos


Ishtar é a deusa babilônica do amor, da fertilidade e da guerra. Como Inanna antes dela, Ishtar era a deusa do amor sexual, e os seus parceiros eram muitos.

Como Inanna, Ishtar descia ao submundo para ver sua irmã Ereshkigal, e tinha que remover um artigo de vestuário em cada um dos sete portões.
Ishtar não é morta por Ereshkigal, mas é presa no submundo, de forma que toda a atividade sexual em todo o mundo para.

Ea, o rei dos deuses, em seguida, envia um emissário a Ereshkigal para fazer uma barganha para a liberação de Ishtar, e como Inanna, Ishtar deve escolher alguém para tomar seu lugar no submundo. Sua escolha recai sobre o seu amante, o pastor Tammuz (correspondente a Dumuzi de Inanna).

Ishtar tem um papel proeminente na Epopéia de Gilgamesh. Depois de Gilgamesh e seu amigo Enkidu terem matado o demônio Humbaba, Ishtar aparece a Gilgamesh e lhe pede para ser seu marido.

Gilgamesh rejeita oferta de Ishtar, alegando que ela maltrata os seus ex-amantes e perguntando por que com ele seria diferente.

Em fúria, Ishtar pede para seu pai Anu, Deus do céu, para liberar o Touro do Céu para que ele pudesse atacar Gilgamesh e vinga-la.

Anu hesita, mas quando Ishtar ameaça para levantar todos os mortos do submundo, ele atende o seu pedido. O Touro é solto, e depois de uma batalha feroz, Gilgamesh e Enkidu conseguem matá-lo.

Ishtar fica em frente as paredes da cidade lamentando, o que leva Enkidu a jogar a perna do touro para ela, ameaçando fazer o mesmo com ela se ela se aproximar mais.
Isso é demais para os deuses, que já estavam com raiva de Gilgamesh e Enkidu pela morte de Humbaba. Eles decidem que Enkidu deve morrer, e Gilgamesh com a perda do amigo aprende o que significa rejeitar os avanços de Ishtar.

A hostilidade de Enkidu para com Ishtar tem outra raiz. No começo do Épico, Enkidu, que é originalmente um homem selvagem, é "civilizado" por uma Hieródula do Templo (prostituta sagrada).
Estas prostitutas sagradas, chamadas ishtaritu, habitavam os templos de Ishtar, oferecendo-se a qualquer adorador do sexo masculino que pagasse a contribuição exigida como oferenda a Deusa.

Na verdade, cada mulher da Babilônia devia ir a um templo de Ishtar e realizar o rito com um estranho, pelo menos uma vez na vida, após realizar este ritual as mulheres que optavam pelo casamento jamais voltariam a repeti-lo novamente por mais que lhes fossem oferecido algum pagamento.

Como Inanna, Ishtar era conhecida como a Deusa das prostitutas, pelas culturas patriarcais, em particular pelos hebreus, e seu nome alternativo de Har Hora deu origem ao termo "prostituta ou meretriz"( para os profetas hebreus do Deus Único todos os cultos à fertilidade eram considerados prostituição).

Nome Ishtar significa "estrela", e ela também era conhecida como Istar, Estar, Ishara, Ishhara, Astar, Atar, Attar, Athar, Athtar, Irnini, Absusu (em seu papel como uma deusa da fertilidade), Abtagigi ("Ela Quem envia Mensagens do Desejo "), Dilbah (como Vênus a estrela da manhã), Hanata (como divindade guerreira), Kilili (como símbolo da mulher independente), Nanab (" A Rainha "), Nin Si Anna (" Senhora dos olhos do Céu "), Sharrat Shame (" Rainha do Céu "), Ulsiga (um título de reverência que significa" Ishtar do Céu e da Terra "), Zanaru (" Senhora da Terra "), e Zib (como Vênus-noite estrela).

Seus epítetos incluem Rainha da Beleza, Amada de Enki, Doadora de Força, Luz Brilhante das noites, Filha da Lua, Perdoadora de pecados, Senhora de todos os Decretos, Doadora da Justiça e das Leis, Deusa das Deusas, Deusa dos Suspiros, Grande Deusa do Amor e da Guerra, Grande Hieródula, Grande Amante, Grande Mãe, Grande Hieródula da Babilônia, Soberana dos Céus, Ishtar de Arbela, Ishtar da Babilônia, Ishtar Senhora de Nínive, Senhora de Ur, Senhora da Batalha, Senhora do Parto, Senhora do Céu, A Senhora das Águas, A senhora do Palácio, a Senhora da paixão e do desejo, Senhora das Dores, Senhora da Vitória, Legisladora , líder dos exércitos, Luz do Mundo, Leoa dos Igigi, Senhora dos Deuses, Mãe da mama frutífera, Abridora do Ventre, Protetora dos fracos, a Rainha do ataque e mão de luta , Rainha do Céu, Rainha do Céu e da Terra, Rainha do Sol nascente, Juíza justa, Soberana do Céu, Dona do mundo, Ela que segura as coroas da Realeza, e Estrela do Céu.


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com